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Idosos fazem terapia pela primeira vez e superam questões antigas



Marvin Tolkin, tinha 83 anos quando decidiu que uma vida não examinada não valia a pena ser vivida. Até então, nunca lhe ocorrera a possível existência de questões emocionais que quisesse explorar com um psicólogo. Segundo ele, nunca precisou de um psicólogo.


Embora não estivesse clinicamente deprimido, sofria com enxaquecas e "lutava com um monte de coisas da vida", como a morte de um antigo parceiro de trabalho e a morte da primeira esposa. "Quando fiz 80 anos pensei: Não sei quanto mais tempo vou viver, por isso quero facilitar as coisas e, todo mundo precisa de ajuda, todos cometem erros e preciso ir além das minhas capacidades".


Assim, Tolkin começou seu processo terapêutico e, segundo ele: "O psicólogo me dá perspectivas nas quais nunca havia pensado, tornando minha vida e convívio familiar muito mais tranquilo".


Tolkin é um dos muitos idosos que começou a fazer terapia em uma idade avançada. Muitos nunca botaram os pés em um consultório de psicólogo. Porém hoje, como as pessoas estão vivendo mais e o estigma do tratamento psicológico vem diminuindo, mais pessoas idosas têm procurado ajuda, por acreditar que a vida fica mais fácil quando problemas e questões do passado são resolvidas e trabalhadas em terapia.


Segundo especialistas, muitos idosos tentam, antes da terapia, ajuda na religião, família ou amigos, mas que, nada substitui ou é mais eficaz que a terapia. Os idosos pensam: "Se tenho mais 10 ou 15 anos, por que viver infeliz, com dores e problemas emocionais, se posso resolvê-los com o auxílio do psicólogo e ter uma melhor qualidade de vida?"


O fato de pessoas mais velhas reconhecerem a importância da terapia, se sentirem à vontade para conversar com um psicólogo e reconhecerem a angústia psicológica é um grande avanço, uma vez que, tais pessoas são de gerações que aprenderam que somente os "loucos!" iam a psicólogos. Para muitos, adepressão era considerada uma "fraqueza moral".


Os idosos têm abraçado com entusiasmo a terapia, demonstrando índice de satisfação mais elevado do que os mais jovens, uma vez que levam o processo mais a sério. Os pacientes idosos sabem que o tempo é limitado, precioso e que não deve ser desperdiçado (o que os jovens também deveriam acreditar).


Fonte: Uol.



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